O que é?

O tumor do pénis é raro, aparecendo em cerca de 1 em cada 100.000 homens, número que se encontra estável desde 1980. Este tumor pode afetar homens de todas as idades, embora o pico de incidência aconteça por volta dos 60 anos.

Como se deteta?

O tumor do pénis manifesta-se através de uma lesão cutânea que pode ou não ter relação com o vírus do papiloma humano. Nem todas as lesões que aparecem no pénis são tumores malignos, contudo, se aparecer uma área da pele que mudou de cor ou se tornou mais espessa, um nódulo duro ou uma ferida/úlcera persistente, deve-se procurar um médico de forma a excluir uma lesão maligna. Quando há dúvidas no diagnóstico pode ser necessário a realização de uma biópsia.

O tumor do pénis tem maior predisposição para se desenvolver ao nível da glande e da pele que a recobre, embora possa crescer em qualquer local do pénis. Quando começa a desenvolver-se, pode invadir inicialmente os gânglios inguinais (ao nível da virilha) e posteriormente pode atingir os gânglios pélvicos e outros órgãos como o fígado e o pulmão.

Quando há dúvida relativamente à existência de gânglios inguinais pode ser necessário realizar exames de imagem, bem como quando existem gânglios com dimensões e características que levantem a suspeita do tumor poder estar a disseminar-se por outros órgãos que não apenas o pénis.

Como se trata?

A taxa de cura do tumor do pénis tem vindo a aumentar nos últimos anos devido a um maior conhecimento da doença, diagnóstico precoce, avanços tecnológicos, e tratamento especializado em centros de excelência. O objetivo do tratamento é remover todo o tumor e preservar o máximo possível do pénis. Quando o tumor é limitado à glande ou à pele que a recobre, é de pequenas dimensões e não invade estruturas profundas, pode realizar-se um tratamento não cirúrgico com agentes de aplicação tópica ou laser. Contudo, tumores de maiores dimensões ou invasivos implicam uma intervenção cirúrgica com remoção parcial ou total do pénis.

Como prevenir?

As variações mundiais de taxas de cancro do pénis sugere que muitos destes casos são preveníveis. A melhor forma de prevenção é evitar os fatores de risco que se conhecem. No entanto, alguns homens com casos de cancro do pénis confirmados não têm qualquer fator de risco associado, pelo que será impossível evitar totalmente esta doença.

Os fatores de risco conhecidos são: falta de higiene, o HPV (responsável por cerca de 40% dos casos) e o tabagismo. Alguns estudos sugerem que homens circuncidados terão menos risco, mas não é consensual.